O setor varejista segue nos próximos meses com tendência de quedas menores, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da estabilidade na variação mensal com um crescimento de 0,1%, o dado anual do volume de vendas do comércio varejista restrito mostra queda de 5,3% nas vendas, mas ainda assim a queda é bem menor do que a de maio, quando foi de -9,0%.
Os dados reforçam o cenário de que a economia entrou em uma fase de estabilização, reforça o presidente da CDL Franca, Mauricio Ramos. Para ele, as vendas seguem em patamar baixo, mas já se observa uma tendência de quedas cada vez menores em relação ao ano anterior. “Isso deve ser visto também ao longo dos próximos meses. É o que esperamos”.
Os itens analisados pelo SPC Brasil mostram que a renda recuou em 7,5% no primeiro semestre do ano, enquanto os dependentes de crédito caíram 14,2%. A pesquisa aponta que a melhora da confiança do consumidor vista a partir do segundo trimestre deste ano ainda não se traduziu em melhora nas vendas.
Pesquisa por itens
O aumento de 0,1% na passagem de maio para junho foi influenciado por três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, sendo: tecidos, vestuário e calçados (0,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%).
Quanto ao varejo ampliado, que também inclui os setores de materiais de construção e veículos, motos e peças, houve uma queda na passagem de maio para junho de 0,2% no volume de vendas. Também teve uma forte queda de 8,4%, porém menor do que a de maio, de 10,2%.
O recuo foi puxado pela queda de veículos, motos, partes e peças, que recuou 15,2%, contribuindo com -4,2 pontos percentuais para o resultado final.